terça-feira, 9 de outubro de 2012

Feira Grande (Alagoas): uma experiência bem sucedida


[Este texto foi publicado originalmente no boletim da ABH de julho de 2012]


A doença de Huntington pode dar causa à aposentadoria por invalidez. Entretanto, diante do relativo desconhecimento da doença por parte dos profissionais de saúde, a obtenção do benefício perante o INSS pode ser tarefa complicada. 
A ABH, já há alguns anos, depois de reuniões com os coordenadores de peritos do INSS, tomou a iniciativa de traçar uma estratégia que vem sendo seguida pelos portadores de DH e/ou seus familiares que procuram a associação. O mais importante item dessa estratégia é o relatório detalhado do médico assistente, em que constem: CID, data do início da doença, qual a incapacidade, data do início da incapacidade. Não basta ser portador da doença de Huntington para aposentar-se, é necessário já estar incapaz para o trabalho.
Em Feira Grande, Alagoas, pôde-se observar de forma mais concreta um grande avanço nesses processos: os pacientes que antes tinham dificuldades em conseguir o relatório médico adequado, seguem agora para o consultório do médico assistente tendo em mãos o roteiro específico para este fim, além de um folheto explicativo, também fornecido pela associação, que contém as principais características da doença. Somando-se a isto, o familiar ou o portador, ao relatar ao médico a história familiar da doença, fornece um conjunto de informações relevantes, possibilitando melhores condições ao profissional para a elaboração do laudo técnico. 
Se você tiver interesse no roteiro e/ou no folheto explicativo, procure a ABH. 

Uma outra conquista muito importante em Feira Grande: 

Existe uma grande dificuldade em se obter dados específicos de atendimentos a pacientes com DH nos sistemas de informação de saúde. Aparecida Alencar, responsável pelo núcleo da ABH em Alagoas, obteve um grande êxito: conseguiu sensibilizar técnicos da saúde que atuam em alguns municípios alagoanos, inclusive Feira Grande, e que fazem a “ponte” entre estes municípios e a SESAU – Secretaria Estadual de Saúde. Com a colaboração desses técnicos, desde fevereiro de 2012 a doença de Huntington possui um código específico, o número 221, no SISAM – Sistema de Informações Ambulatoriais.
Assim como ocorre com diversas patologias, há agora informação de portadores de DH atendidos em quaisquer unidades da atenção primária no estado de Alagoas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá. Para comentar, você pode se identificar ou se manter anônimo. Os comentários são moderados para evitar spam.